31/10/2024
Homem de 25 anos abusava de outros homens
O técnico de enfermagem preso por abusar sexualmente de pelo menos quatro pacientes disse, em depoimento à Polícia Civil nesta terça-feira (29), que agia na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Além disso, a polícia informou que ele não se preocupava com a possível transmissão do vírus HIV, do qual tinha ciência desde o ano de 2019, às vítimas e aos pacientes atendidos.
A Polícia Civil soube de todos os detalhes após receber uma denúncia na última sexta-feira (25) de um companheiro do detido. O denunciante encontrou os vídeos no celular do suspeito e entregou aos investigadores.
A partir disso, na segunda-feira (28), a Polícia Civil efetuou pedidos de busca e apreensão, além de um mandado de prisão contra o técnico de enfermagem. Testemunhas foram qualificadas e ouvidas, e as imagens recebidas pela polícia apontavam, inicialmente, duas vítimas abusadas sexualmente com masturbação e sexo oral.
Na terça, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O celular foi apreendido e mais dois vídeos foram encontrados. Todas as vítimas, segundo a polícia, são homens, mas as investigações vão apontar se mulheres também foram abusadas pelo suspeito e, se além do sexo oral, ele também penetrava as vítimas. O técnico de enfermagem, contudo, negou a possibilidade.
"Ele nos disse que todas as vítimas seriam homens e estariam na UPA do CIC. Entretanto, não está batendo a data em que ele fez os vídeos com a data de admissão. Uma vez que ele começa a trabalhar apenas em novembro na UPA, mas os registros das gravações apontam que elas aconteceram em outubro", disse a delegada Aline Manzatto.
Diante da discrepância, a polícia irá quebrar o sigilo dos dados do suspeito. O objetivo é encontrar vídeos que podem ter sido apagados e, a partir disso, conseguir identificar os hospitais.
Com as imagens e a qualificação das vítimas, que serão feitas pelo Instituto de Identificação, a polícia irá buscar prontuários e entender o que aconteceu. O porquê de estarem inconscientes e o que aconteceu, são algumas das dúvidas que os investigadores buscam as respostas.
Sobre o HIV, para a polícia, o suspeito esteve ciente, o tempo todo, durante o serviço, nos abusos praticados, mas também nas relações pessoais, da possibilidade de transmitir o vírus para outras pessoas.
Mas, conforme disse a delegada, a impressão que ficou no depoimento era de que ele não se importava com isso.
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