28/04/2023
No Galho da Laranjeira - Histórias para Crianças Brasileiras estimula a leitura através da contação de histórias e rodas de leitura
No Galho da Laranjeira – Histórias para Crianças Brasileiras está de volta! Por meio de rodas de leitura e de contação de histórias, o projeto tem levado às escolas públicas da Rede Municipal de Curitiba, desde o ano passado, obras de grande relevância e qualidade literária.
Os encontros, realizados de forma gratuita pela Travessia - Arte e Educação e Passaredo - Educação e Arte, são voltados aos alunos do Ensino Fundamental e da Educação Infantil. A realização de 180 rodas de leitura e 180 sessões de contação de histórias deverá ser concluída até junho, atingindo ao todo cerca de 13 mil alunos.
Vinícius Mazzon e Michelle Peixoto, os idealizadores do projeto, há mais de dez anos se dedicam através da arte ao incentivo à leitura. O sonho deles é transformar o Brasil em um país leitor. Juntos já realizaram mais de 15 projetos como este.
Cada sessão tem duração de 45 minutos e são caracterizadas por poucos adereços e muita proximidade, a proposta é apresentar a literatura de forma divertida, sensível e acolhedora, apostando que esta experiência reforce neste público o gosto pela leitura, pela arte e pelo encontro. Por meio da leitura e da narração de contos tradicionais e contemporâneos, mesclados com canções, quadrinhas e adivinhas o objetivo do projeto também é valorizar a literatura oral e divulgar a produção literária infanto-juvenil.
As rodas de leitura são conduzidas por Michelle, formada em Pedagogia e atuante há 11 anos em programas de formação de leitores e mediadores de leitura. Idealizadora de projetos como: "Onde Canta o Sabiá – literatura no litoral do Paraná" e "Farol de Histórias – Contos para Acender a Cachola", já realizou mais de mil rodas de leitura e colaborou na formação de centenas de professores e agentes de leitura.
“Queremos que eles experimentem o livro com esse ‘olhar de pássaro’ inaugural a que o poeta Manoel de Barros se refere. A ‘infância da língua’ é não ter preconceitos ou roteiros estabelecidos, a literatura pode ser vivida como um vôo que nos faz chegar a lugares que o cotidiano normalmente não permite. O livro que nos toca é aquele que alarga os horizontes da alma, que nos aproxima do outro sem medo, abrindo nossos olhos para a beleza. Só é preciso abrir olhos e ouvidos para que as estórias possam cantar como um sabiá, no galho da laranjeira, anunciando a primavera”, vislumbra Michelle.
As contações de histórias são realizadas por Vinícius, formado em artes cênicas, tem sido convidado para os maiores eventos da narração oral no país, como o "Boca do Céu – Encontro Internacional de Contadores de Histórias", "Simpósio Nacional de Contadores de Histórias" (SESC/SP), "EMIL – Encontro Mundial da Invenção Literária" e "Baú de Histórias" (SESC/SC).
“Este projeto permite darmos continuidade à nossa atuação como mediadores de leitura nas escolas públicas de Curitiba, com especial enfoque naquelas situadas em áreas de risco social mais acentuado, onde o acesso a bens culturais é mais restrito e se faz fundamental aproximá-los da população, a fim de garantir o pleno exercício de seu direito à fruição artística e desenvolvimento social”, destaca Vinícius.
Visando a capacitação dos professores, No Galho da Laranjeira também irá oferecer, ainda no primeiro semestre, Oficina Literária para Mediadores de Leitura com o ator, escritor, mediador de leitura e produtor cultural, Lucas Buchile.
De acordo com Michelle a proposta do projeto é incentivar o gosto pelo livro através da afetividade e da ludicidade, linguagens típicas da infância. “Ler é abrir horizontes, é expandir a alma, é alimentar o espírito, a imaginação. A leitura é a arte de enriquecer nossa mente e iluminar nosso coração. O narrador é quem abre a porta e solta os contos que são pequenos pássaros inaugurando a língua da fantasia dentro de nós. A criança que aprende cedo o prazer da leitura compreenderá as bibliotecas não como gaiolas, mas como lugares onde sua alma poderá ganhar asas. O projeto se fundamenta na certeza de que a aquisição dessa habilidade os capacitará para uma vida adulta mais plena de significados e de possibilidades de exercer sua cidadania”, conclui.
Foto: Lucas Rachinski
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