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Pesquisa revela que os brasileiros estão cada vez mais dispostos a investir em criptomoedas

26/03/2025


Estudo indica que aproximadamente 66% dos investidores no Brasil consideram as criptomoedas uma alternativa concreta



Nos últimos anos, o mercado de criptomoedas atraiu muitos brasileiros, seja pela possibilidade de diversificação de carteira, pela facilidade de transferências internacionais ou pelo simples fascínio que o tema desperta. Um estudo indica que aproximadamente 66% dos investidores no Brasil consideram as criptomoedas uma alternativa concreta aos modelos tradicionais de investimento.


Esse índice sugere um incrível amadurecimento no entendimento da tecnologia por parte do público nacional. Ao contrário do que acontecia anteriormente, quando as criptomoedas eram vistas como algo excessivamente arriscado ou exclusivo para um público especializado, a pesquisa também mostra que 55% dos entrevistados demonstram intenção de ampliar sua exposição a ativos digitais nos próximos 12 meses.


Isso está vinculado ao desenvolvimento de soluções financeiras que dialogam com a realidade brasileira, como Pix e carteiras digitais, além de avanços em regulamentação setorial. E a amplia aceitação das moedas digitais em diversos setores também influência nesses números.


Como está o mercado cripto atualmente no Brasil?


Em 2024, o Relatório da Chainalysis classificou o Brasil como um dos mercados de maior relevância para criptomoedas no mundo, chegando a figurar no Top 10 em termos de adoção global. O país, reconhecido por ter uma população jovem e conectada, com idade média na casa dos 35 anos, demonstra apetite para inovações tecnológicas.


Especialmente aquelas que que tragam benefícios práticos ao dia a dia. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, além de ser jovem, a população brasileira tem um grande percentual de acesso à internet, superando os 85% em muitas regiões metropolitanas.


Esse nível de conectividade impulsiona o interesse em soluções digitais, inclusive no setor de investimentos. Como resultado, plataformas e exchanges renomadas estão percebendo que o Brasil tem perfil para liderar a adoção de novas tecnologias financeiras na América Latina.


As soluções blockchain e as moedas digitais estão por toda parte. Hoje em dia é possível comprar tanto online quanto presencialmente com criptomoedas. Grandes empresas de entretenimento estão investindo nessa tecnologia. E alguns dos melhores apps de cassino tem jogos exclusivos para ativos digitais.


Tudo isso mostra como uso dos tokens está estendido no Brasil. A pesquisa menciona ainda que aproximadamente 31% dos entrevistados mantém pelo menos 10% do portfólio financeiro em criptoativos. Em outras palavras, embora ainda predominem aplicações mais tradicionais, como renda fixa e ações listadas em bolsa, há um entusiasmo real por ativos virtuais.


Essa dinâmica coincide com a chegada de novos investidores. Muitos estão migrando, ao menos em parte, do mercado de ações para o universo cripto, seja por curiosidade, seja por expectativas de rentabilidade no longo prazo.


Novas regulamentações e outras expectativas do setor


Um dos principais motivos que contribui para o otimismo dos brasileiros é a postura proativa do Banco Central. Conhecido por lançar iniciativas de inclusão financeira, como o Pix em 2020, o BACEN agora se dedica ao desenvolvimento do DREX, uma espécie de Real digital que tem previsão de entrar em circulação em 2025.


O objetivo é integrar o ecossistema financeiro tradicional aos criptoativos de modo seguro. Essa medida dá sinais de que o país está empenhado em estabelecer normas adequadas e coerentes, evitando assim incertezas legais que possam desencorajar investimentos. Iniciativas como a abertura de consultas públicas sobre a regulamentação de criptoativos fortalecem a tese de que o país deseja criar uma estrutura para esse mercado, sem inibi-lo.

Em 2023, por exemplo, a autarquia consultou a opinião de empresas e cidadãos interessados em contribuir com sugestões de como lidar com a tributação e supervisão desse segmento. O diálogo aberto entre governo e setores privados estabelece um patamar de confiança elevado, algo essencial quando se fala em ativos digitais.


O reconhecimento do setor não se limita apenas ao Banco Central. A Comissão de Valores Mobiliários também passou a atuar com maior vigor nas discussões sobre criptomoedas, principalmente em relação a ofertas públicas de tokens e na proteção dos investidores. Essa atuação conjunta das entidades reguladoras reflete um cenário bem diferente de outros anos.


Nesse momento, faltava clareza sobre qual órgão seria efetivamente responsável por supervisionar o mercado cripto. Além disso, a aprovação de produtos como ETFs, principalmente os de Bitcoin e Ethereum, acendeu um alerta positivo entre os entusiastas de cripto no Brasil.


O interesse institucional também cresce, com grandes empresas locais e internacionais buscando parcerias ou ampliando seus serviços para incluir pagamentos em cripto. Isso consolida a imagem do Brasil como um terreno fértil para a chamada criptoeconomia, um ecossistema que abrange desde a mineração e transações de tokens até aplicações de blockchain na logística, varejo e entretenimento.

Foto: Freepik

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