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O fim do 'pesquise no Google'? O impacto da nova geração no acesso à informação

10/03/2025


A nova geração no acesso à informação está mudando tudo. O Google ainda domina ou novas formas de busca estão ganhando espaço? Saiba mais!



“Googlear” é um neologismo que já faz parte do vocabulário dos brasileiros há bastante tempo, e por bons motivos: pesquisas online são praticamente sinônimo do buscador. Ou, ao menos, elas já foram!


Desde o final dos anos 90, quando o Google surgiu, ele é a “porta de entrada” para a internet. Ao abrir um navegador de internet no computador ou em um smartphone, a primeira coisa que a maioria de nós faz é pesquisar um termo no buscador, com o objetivo de acessar sites ou encontrar informações.


Essa trajetória, porém, vem se modificando. Quantas vezes você não esbarrou em um endereço, um produto ou um serviço pelas redes sociais? Em vez de abrir o navegador, é comum que a primeira coisa que façamos ao nos conectar seja acessar o aplicativo de uma rede social, como o X ou Instagram.


Isso é especialmente comum entre as gerações mais jovens, como aponta o artigo da ExpressVPN, a qual vamos utilizar como fundamento para muitas questões que iremos explorar durante os tópicos a seguir. Afinal de contas, é verdade que o Google está com os dias contados como fonte de dados?


O que as novas gerações pesquisam utilizando as redes sociais?

A primeira pergunta que devemos responder, antes de nos aprofundarmos no tema, é: o que as novas gerações buscam nas redes sociais em oposição às ferramentas de pesquisa tradicionais? O estudo traz certas respostas, as quais variam bastante de acordo com cada geração entrevistada.

Notícias e eventos atuais aparecem com 35% a 52%; receitas e inspirações culinárias com 34 a 41%; entretenimento traz percentuais entre 24% e 44%; avaliações de produtos são a escolha de 29% a 39%; tutoriais têm entre 22% e 37%; e dicas de viagem entre 28% e 39%. E essas são só as principais!

O que se pode perceber a partir desses itens é que há um foco em pesquisas que se beneficiam das opiniões e experiências de outras pessoas. Não se trata de assuntos mais concretos, como a explicação de uma fórmula matemática, mas de questões subjetivas e que mudam de acordo com o interlocutor.


Quais são as outras preferências para as pesquisas online?

Deixando um pouco de lado a pesquisa da ExpressVPN, vale a pena falar também sobre as inteligências artificiais, as quais também são uma nova maneira de acessar informações na internet. Ferramentas como ChatGPT vêm substituindo pesquisas no Google, em especial entre a Geração Z e os Millennials.

A fim de ficar à frente desse fenômeno, o próprio Google passou a implementar as IA como parte dos resultados das pesquisas nas plataformas. A ideia é agregar uma das razões pelas quais a tecnologia tem ganhado favoritismo, que são as respostas mais diretas e que consideram contextos da pesquisa.

Mesmo nas redes sociais, as inteligências artificiais também estão presentes, a partir dos algoritmos. Nesse caso, o objetivo é manter o usuário engajado, mas a consequência é a mesma: em todos os métodos de pesquisa crescentes, os recursos de IA impulsionam o interesse dos usuários mais jovens.


É verdade que as pesquisas no Google estão com os dias contados?

Explicado tudo o que trouxemos até aqui, uma questão final persiste: é verdade que as pesquisas no Google estão com os dias contados? A resposta é “não”, em especial quando analisamos que o site já está alcançando os 30 anos e ainda permanece como o favorito entre as gerações mais velhas online.

O que se tem, na verdade, é uma perda de favoritismo: se antes o Google era o rei invicto das buscas na internet, hoje em dia ele precisa se contentar em dividir espaço com as redes sociais e em especial com as tecnologias de inteligência artificial. Aos internautas, essa mudança de paradigma é positiva.


O papel dos influenciadores e da personalização nas buscas

Outro fator que impulsiona essa mudança de comportamento nas pesquisas online é o impacto dos influenciadores digitais. Muitas vezes, ao invés de buscar no Google por avaliações de produtos, restaurantes ou destinos de viagem, os usuários confiam em criadores de conteúdo que seguem nas redes sociais.

Isso ocorre porque esses influenciadores estabelecem uma relação de credibilidade e proximidade com seu público, o que torna suas recomendações mais relevantes e confiáveis.

Além disso, as plataformas sociais utilizam algoritmos avançados para personalizar os conteúdos exibidos para cada usuário, tornando a experiência de busca mais intuitiva e dinâmica.

Em vez de receber uma lista impessoal de links, como ocorre no Google, as redes sociais apresentam conteúdos já filtrados conforme os interesses e interações anteriores do usuário. Esse aspecto torna a busca mais fluida e adaptada ao perfil de cada indivíduo.


O futuro das buscas: integração ou substituição?

Diante desse cenário, a tendência não parece ser a substituição completa do Google, mas sim uma integração mais profunda entre diferentes plataformas. O buscador já investe em ferramentas de inteligência artificial e respostas diretas, enquanto as redes sociais desenvolvem mecanismos de pesquisa mais sofisticados.

O resultado disso é um ecossistema digital mais fragmentado e diversificado, onde os usuários combinam diferentes métodos de busca de acordo com suas necessidades. Para informações objetivas e técnicas, o Google ainda reina absoluto; para conteúdos mais subjetivos e baseados em experiência pessoal, as redes sociais e influenciadores digitais conquistam espaço.

Essa transformação representa um desafio para empresas e profissionais de marketing, mas também uma oportunidade para inovação. No fim das contas, o verdadeiro vencedor dessa disputa não será uma única plataforma, mas o próprio usuário, que passa a ter cada vez mais opções para encontrar as informações que procura.


Foto: Imagem de Mimi Thian no Unsplash 

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