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Novo técnico do Brasil sai em janeiro e por decisão única do presidente da CBF

11/12/2022


Ednaldo Rodrigues pode abraçar ideia de contratar um treinador estrangeiro



O novo técnico da seleção brasileira será anunciado em janeiro de 2023 e a decisão caberá apenas ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. O dirigente embarcou para o Brasil no voo que levou a comissão técnica e alguns atletas (não foram divulgados quantos). Ele se recusou a permanecer no Catar após a eliminação da equipe da Copa do Mundo para a Croácia, nos pênaltis, nas quartas de final, nesta sexta-feira (9).


Rodrigues recusou sugestões de que poderia ouvir especialistas ou montar um conselho de ex-presidentes para decidir quem será o substituto de Tite. Já estava definido há meses que o técnico não continuaria no cargo após o Mundial. O cartola argumenta que outros mandatários da confederação escolheram sozinhos os treinadores da seleção e ele fará o mesmo.


Ednaldo Rodrigues voltou no mesmo voo da comissão técnica porque considerou que este era seu último ato com Tite e não queria passar a impressão de que abandonou o barco logo após a derrota. O representante da CBF nas reuniões que a Fifa ainda vai realizar no Catar será o vice-presidente Fernando Sarney.


Embora não seja apaixonado pela ideia, Rodrigues pode chegar à conclusão de que o melhor é contratar um estrangeiro para comandar o time. A constatação é que não há um brasileiro incontestável para ocupar o espaço.


Pesquisa Datafolha feita em julho deste ano apontou que 55% da população rejeita essa solução estrangeira. Foram ouvidas 2.556 pessoas de 16 anos ou mais em 183 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.


Com a eliminação na Copa do Catar, a seleção brasileira entra em recesso. Ela aguardará a definição do novo treinador pela CBF para começar o ciclo com vistas ao próximo Mundial, que será em 2026 em três sedes (EUA, México e Canadá). Com o ano já no fim, os jogadores europeus retornam a seus clubes de origem para a vida normal, de treinamentos, já que os campeonatos estão em andamento, tendo sido paralisados temporariamente devido à Copa do Mundo.


Na Inglaterra, onde atuam 12 dos 26 convocados por Tite para o Mundial catariano, incluindo os titulares Alisson, Thiago Silva, Casemiro, Lucas Paquetá e Richarlison, a Premier League recomeça no dia 26 deste mês, oito dias depois da final da Copa. O PSG de Neymar entrará em campo pelo Campeonato Francês no dia 28; no Espanhol, o Real Madrid (de Vinicius Junior, Rodrygo e Éder Militão) jogará no dia 30, e o Barcelona (de Raphinha), no dia 31.


Os poucos atletas que defendem clubes brasileiros (Everton Ribeiro e Pedro, do Flamengo, e Weverton, do Palmeiras), devem ganhar um período de descanso antes de se reapresentarem para a preparação para a temporada de 2023 – os campeonatos estaduais começam no dia 15 de janeiro.


Todos os 26 chamados para a Copa no Catar ficarão na expectativa para a próxima convocação, com a equipe sob nova direção, a fim de saber se continuam ou não prestigiados depois do fracasso no Oriente Médio. A primeira lista de convocados deve ser anunciada no começo de março, com vistas aos jogos que devem ser realizados na primeira data Fifa de 2023, de 20 a 28 do terceiro mês do ano. A seleção brasileira também jogará em junho, setembro, outubro e novembro, conforme as datas disponibilizadas pela Fifa.


A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ainda não divulgou o calendário completo das seleções para o(s) próximo(s) ano(s), então é necessário aguardar para saber quando terão início as Eliminatórias para a Copa de 2026. Sabe-se apenas que a Copa América será em 2024 – o Equador foi escolhido como sede, mas pode desistir.


Para o Mundial no Catar, a disputa do qualificatório entre as dez seleções da América do Sul começou em outubro de 2020, pouco mais de dois anos antes do começo da Copa deste ano. Com a ampliação dos participantes do Mundial na América do Norte, de 32 para 48 países, o número de vagas sul-americanas subiu. Os seis primeiros colocados nas Eliminatórias se classificarão (até agora eram quatro), e o sétimo disputará uma repescagem com uma seleção de outra região.


Assim, só uma tragédia impedirá o Brasil, seja qual for o treinador e seja quais forem os jogadores, de se classificar para a próxima Copa, quando voltará a tentar ser hexacampeão.

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