02/12/2024
Grupos econômicos querem evitar enfraquecimento do ministro
Os grandes bancos estão unidos na defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na condução das medidas de reforço do arcabouço fiscal — que reúne as regras de equilíbrio para as contas públicas.
Na avaliação dos comandantes dos maiores bancos do Brasil, não interessa um Haddad enfraquecido, porque ele é o melhor nome dentro do PT para o cargo e consegue, a duras penas, tirar o “possível” dentro do governo para ajustar as contas públicas.
Os banqueiros ressaltaram a fala humilde do ministro da Fazenda no almoço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) na semana passada. Na ocasião, ele reconheceu que, se o pacote não for suficiente, novos cortes serão feitos para atingir as metas fiscais.
No mercado, a avaliação é que as medidas anunciadas não vão gerar a economia de R$ 71 bilhões nos próximos dois anos, mas na casa de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões.
Está faltando um corte a mais de R$ 20 bilhões, diz, por exemplo, Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central (BC) e dono de uma empresa de investimentos no mercado.
A avaliação de analistas de contas públicas é que o governo poderá fazer esse complemento por meio de um bloqueio e contingenciamento de despesas.
O dólar terminou a semana passada acima de R$ 6, e a equipe econômica espera um mercado menos estressado, mas com um dólar ainda alto, nos próximos dias, talvez abaixo de R$ 6.
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