22/06/2024
Suco, álcool e corante eram misturados no local e vendidos como vinho
Uma fábrica clandestina de vinhos foi descoberta e interditada na zona rural de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. No local, havia mais de 16 mil garrafas prontas para venda e outras 16,5 mil embalagens vazias.
A fábrica misturava suco, álcool e corante e colocava um rótulo indicando que se tratava de vinho colonial gaúcho, produzido em Caxias do Sul (RS). As informações são da Polícia Civil e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), responsáveis pela ação.
O proprietário foi encontrado no local e preso em flagrante. Segundo o delegado Gustavo de Pinho Alves, ele deve responder por falsificação de produtos alimentícios.
"Ao ser indagado se tinha licença e algum técnico responsável, ele disse que não tinha. Ficou constatado, realmente, que estava havendo produção irregular desses vinhos", afirma o delegado.
Para Fernando Mendes, chefe de inspeção do Mapa, a autuação tem dois desdobramentos principais: os perigos à saúde do consumidor e a concorrência desleal com o mercado.
"O primeiro é relacionado à saúde do consumidor. Produtos produzidos com condições de higiene sanitária precária e matérias-primas de origem desconhecida, sem controle de qualidade e sem rastreabilidade. Outro ponto que é importante destacar é a perturbação que esse tipo de estabelecimento provoca no mercado; tem vinícolas tradicionais no Paraná, produzindo produtos de excelente qualidade que precisam competir com esses produtos fraudados, adulterados", explica.
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