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Feiras livres de Curitiba promovem viagem gastronômica para moradores e turistas

  • admjornale
  • há 8 horas
  • 3 min de leitura

23/04/2025



Curitiba tem um jeito delicioso para você viajar sem sair do lugar: são as suas feiras livres. Em diversos bairros, os pontos de feira se transformam em vitrines multiculturais, com uma oferta variada de alimentos frescos, pratos prontos e lanches que carregam histórias, tradições e sabor.


São mais de 90 feiras livres espalhadas pela cidade, entre diurnas, noturnas e gastronômicas. E em grande parte delas, a comida de rua ganhou protagonismo, com opções que vão além do pastel e do caldo de cana.


Das empanadas bolivianas às polpetas italianas, do acarajé baiano ao pierogi polonês, das batatas recheadas alemãs aos hambúrgueres defumados, as feiras curitibanas são uma celebração da diversidade. Cada barraca é uma porta de entrada para a cultura de quem produz e serve – e o público local tem respondido com entusiasmo.


Feira é cultura: sabores e histórias


Há 30 anos presente nas feiras da cidade, Osvaldo Brasil da Silva, da barraca La Casa de Las Salteñas, é um dos pioneiros em trazer empanadas bolivianas para o público local. “Comecei vendendo 30. No meu melhor dia, já vendi 450”, conta com orgulho.


Formado em Desenho Industrial, Osvaldo se apaixonou pelas feiras quando foi ajudar a madrinha e não parou mais. Ele adaptou receitas tradicionais com ingredientes brasileiros, como o palmito, e substituiu o mocotó do recheio original por gelatina sem sabor, para deixar o preparo mais leve e palatável.


“É uma massa sem fermento, descansada naturalmente. Cada empanada traz a cultura da Bolívia, mas adaptada ao gosto daqui. É comida que conta uma história, diz Osvaldo”


Outro que conhece bem essa mistura de tradição e inovação é Luiz Carlos Casagrande Filho, da V8 Sandubas. Depois de quatro anos trabalhando para outros feirantes, abriu uma barraca própria há seis anos. “Comecei com o tradicional pão com bolinho, depois veio o choripán e os lanches americanos defumados, como o curit pork de porco defumado”, relembra.


A diversidade de sabores e a reforma da Praça da Ucrânia, que abriga uma das feiras mais tradicionais da cidade, ajudaram a impulsionar o negócio de Luiz Carlos. “Meu movimento triplicou. Agora tem espaço, tem praça de alimentação, o pessoal consegue sentar e aproveitar.”


Gastronomia com identidade


Na barraca Gui Polpeta, quem comanda é Guilherme Koziol, terceira geração de uma família de feirantes que começou em 1987 com sucos e vinhos artesanais. Hoje, a estrela é o hambúrguer italiano, feito com polpeta — uma almôndega modelada à mão, recheada com queijo e servida com molho especial.


“Na Itália não tem hambúrguer como a gente conhece. A polpeta é nossa forma de manter a identidade italiana”, explica Guilherme.


Ele participa de feiras todos os dias da semana, de terça a sábado. Só na Praça da Ucrânia, prepara entre 280 e 300 lanches por noite. “A reforma foi excelente. O espaço ficou mais acessível, plano, com espaço para carrinhos, pets. E o público cresceu junto.”


Viagem gastronômica


As feiras também oferecem pratos típicos de outras partes do mundo: comida japonesa, chinesa, mexicana, portuguesa, alemã, árabe, argentina. Na lista das brasileiras, tem receita baiana, mineira, amazonense e gaúcha. O tradicional pastel divide espaço com focaccias italianas, sanduíches de pernil, pierogi recheado, hambúrgueres gourmet e cerveja artesanal.


Além das feiras livres diurnas e noturnas, Curitiba conta com duas feiras gastronômicas fixas (Batel e Tarumã/Cristo Rei), que oferecem uma experiência ainda mais completa, com mesas ao ar livre e clima descontraído.


Encontre uma feira


Curitiba conta com 74 feiras, entre diurnas, noturnas, de orgânicos, gastronômicas, “direto da roça” e Nossa Feira, que reúnem aproximadamente 375 feirantes. As feiras livres são coordenadas pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional e comercializam especialmente hortifrutigranjeiros em ruas, praças e parques, em dias e horários pré-definidos. Nos pontos do Nossa Feira, frutas e verduras são vendidas ao preço máximo de R$ 3,99 o quilo.


As feiras livres também oferecem frios, carnes, pescados, massas, biscoitos, cereais, alimentos prontos para o consumo, produtos orgânicos, e uma linha de confecções e acessórios como luvas, meias; brinquedos, cosméticos, entre outros itens.


FOTO: Isabella Mayer/SECOM

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