Em meio a tarifaço, comércio entre Brasil e EUA bate recorde
- JORNALE
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14/04/2025
O comércio bilateral somou US$ 20 bilhões nos três primeiros meses deste ano

O comércio entre o Brasil e os Estados Unidos bateu recorde no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (14) pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil).
O resultado positivo acontece em meio às tensões comerciais resultantes do "tarifaço" imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump à maior parte do planeta, que atingiu também o Brasil – sobretudo, em produtos como aço e alumínio.
De acordo com o "Monitor do Comércio Brasil-EUA", publicado a cada três meses pela Amcham, a corrente de comércio atingiu US$ 20 bilhões entre janeiro e março de 2025.
É o maior valor já registrado para o período desde o início da série histórica. O crescimento foi de 6,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024.
"O resultado reforça a solidez da relação bilateral e o dinamismo do comércio entre os países. Destaques incluem o forte desempenho das exportações da indústria brasileira e o crescimento das importações de bens de alto valor agregado, com ênfase em tecnologia e energia, informou a Amcham Brasil.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 9,65 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ao mesmo tempo em que as importações totalizaram US$ 10,3 bilhões.
Com isso, houve um déficit comercial de US$ 654 milhões para o Brasil no período.
“Os resultados do primeiro trimestre de 2025 reforçam a qualidade e o caráter mutuamente benéfico da relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos. As empresas que participam dessa relação desejam ampliar ainda mais comércio e investimentos bilaterais", afirmou Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.
A Amcham Brasil reforçou a importância de preservar um ambiente comercial previsível, transparente e construtivo, pautado pelo diálogo entre os setores público e privado.
“É fundamental preservar as condições para que o comércio entre Brasil e Estados Unidos continue gerando inovação, empregos e desenvolvimento para ambos os países”, concluiu Abrão Neto.
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