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Coxa falha com cautela excessiva e está quase sem chances de subir

16/09/2024


Coritiba saiu na frente, se fechou, e sofreu a virada



A derrota do Coritiba para o Operário-PR, por 2 a 1, na Série B do Brasileiro, expõe um dilema que tem assombrado o time nas últimas rodadas: a busca por um equilíbrio entre a cautela e a ambição, que tem como objetivo final o acesso. O técnico Jorginho, mais uma vez, viu sua estratégia conservadora custar caro, comprometendo ainda mais a campanha do Verdão na competição.


A decisão de recuar as linhas após abrir o placar, com o objetivo de preservar a vantagem, revela um receio excessivo de sofrer o gol de empate. Essa postura, embora compreensível, tem se mostrado um entrave para o time, que já havia pagado um preço alto por essa mesma estratégia na rodada anterior, quando empatou com o líder Novorizontino.


A questão que se coloca é: até que ponto a cautela pode ser uma aliada de um time que busca o acesso? A ambição de vencer e de conquistar pontos preciosos exige uma postura mais proativa, com maior vontade de atacar e de fazer gols. O medo de sofrer gols, por mais compreensível que seja, não pode paralisar um grupo com as pretensões do Coritiba.


As mudanças promovidas por Jorginho durante os jogos também têm gerado descontentamento entre os torcedores. A falta de uma formação definida pelo modelo de jogo, independente de quem entre, dificulta a criação de uma identidade em campo e prejudica o entrosamento dos atletas. O gol de empate, no lance que a barreira abre, é um desses exemplos. Faltou comunicação.


Em meio a esse cenário negativo, a estreia do meia português Josué como titular foi um dos poucos pontos positivos do Coritiba. Sua qualidade técnica e sua capacidade de ditar o ritmo do jogo foram evidentes nos 72 minutos em que esteve em campo. A assistência para o gol de Zé Gabriel e os toques refinados demonstram que o jogador tem tudo para se tornar um dos principais destaques do Coxa.


No entanto, a atuação individual do meia não foi suficiente para evitar a derrota. O Coritiba precisa encontrar um equilíbrio entre a defesa e o ataque, entre a cautela e a ambição. O time precisa ter mais confiança em suas próprias capacidades e buscar o jogo de forma mais proativa. Caso contrário, as dificuldades para alcançar o acesso à Série A continuarão a persistir.


A cautela excessiva tem sido um fardo para o Coritiba. Agora, restam 12 jogos e a necessidade de se fazer, ainda, 10 vitórias. Fica, claro, cada vez mais complicado. A próxima parada (e talvez definitiva) será na quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o Ceará, no Couto Pereira. Uma nova derrota pode tirar de vez do Coxa o sonho do acesso.

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