21/05/2024
Além de técnicos e professores, estudantes também fazem reivindicações
Estudantes de diferentes cursos iniciaram uma ocupação no prédio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná, nesta segunda-feira (20). O grupo faz uma série de reivindicações desde a adesão da greve do funcionalismo em 15 de abril e pede uma posição final por parte da instituição sobre os pedidos.
Os representantes do movimento explicam que um dos pedidos é para a contratação de mais professores para 20 cursos, alegando que a falta de docentes pode ocasionar um trancamento compulsório para alguns alunos. Eles também pedem a validação de dupla habilitação nos cursos, que deixou de ocorrer na instituição.
Segundo os estudantes, a ocupação no prédio deve continuar no Edifício D. Pedro II até que haja um acordo com a Universidade Federal do Paraná. A ocupação também informou que pretende se solidarizar à Palestina. Há uma expectativa de que uma reunião seja realizada até o fim desta semana.
O prédio acomoda as unidades da Pró-reitoria de Administração, Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação, Superintendência de Comunicação, Auditoria Interna e Agência Internacional da UFPR.
A greve do funcionalismo, que começou em 15 de abril, reivindica reposição salarial, em três parcelas de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026, para o grupo que abrange os professores das instituições federais de ensino superior.
Ao mesmo tempo, alunos dos campi passaram a exigir recomposição orçamentária das universidades federais, contratação de novos professores, validação de dupla habilitação nos cursos, entre outras mudanças.
Com a adesão de alunos e cursos na greve, houve o pedido para que a UFPR suspendesse o calendário acadêmico, decisão que foi acatada pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR). Para isso, uma reunião foi realizada em 30 de abril, mas acabou suspensa por problemas técnicos, segundo a instituição.
Já no mês de maio, Ricardo Marcelo Fonseca, reitor da UFPR, cancelou o caráter deliberativo de uma reunião do conselho após sugestão do Ministério Público do Paraná para que houvesse continuidade das atividades acadêmicas e a suspensão da reunião do Conselho Universitário.
Por meio de nota, a UFPR informou que não recebeu pedido de reunião prévia ou pauta de reivindicação. A instituição também informou que “reivindicações dos ocupantes do prédio (recomposição orçamentária das universidades federais, contratação de novos professores, validação de dupla habilitação nos cursos) dependem de lei federal, de ação do MEC ou de ação do Conselho Nacional de Educação”.
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