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Educadores fazem o ensino a distância chegar aos mais vulneráveis

  • Foto do escritor: jornale
    jornale
  • 20 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Acesso ao conteúdo de ensino



Para que as crianças e estudantes mais vulneráveis tenham acesso aos conteúdos escolares durante este período de pandemia, os profissionais da educação tem ido muito além da gravação das videoaulas. Um dos exemplos é o da equipe de profissionais da Escola Municipal CEI Prof.ª Maria Augusta Jouve, no Alto Boqueirão, que arrecadou os eletrônicos necessários para que estudantes carentes pudessem acompanhar as aulas à distância.


A diretora Carla Aparecida Cavichioli e mais um grupo de profissionais da unidade foram contatadas por algumas famílias que pediram ajuda.


“Há famílias que não dispõem de computador, tablet, notebook, celular ou mesmo um televisor. Então, decidimos encontrar formas de ajudá-las, pois a nova rotina do isolamento trouxe a necessidade de plataformas educacionais, videoaulas, canais de TV aberta e até bate-papo no WhatsApp”, relata a diretora.


Danielle Barbosa, 34 anos, é mãe da estudante Maria Victoria Barbosa Pereira, de 8 anos. Ela relata que a filha não tem acesso às ferramentas necessárias, como celular e computador, para acompanhar as videoaulas. Para ela, a medida mais acertada é a transmissão do conteúdo pela televisão, mas, para tristeza da família, o aparelho havia sido furtado pouco dias antes do início das atividades on-line, em 13/4.


“Ficamos desesperados e por isso pedi ajuda à escola. A diretora conseguiu a doação de uma TV e meu filho acompanha as aulas todos os dias e, assim, não fica sem aprender mesmo estando isolado em casa”, conta Danielle, aliviada.


A diretora explica que a doação do recurso veio através de sua rede de contatos entre profissionais da educação, parentes, amigos, vizinhos e pessoas da comunidade.


“Fizemos essa ponte para ajudar quem precisa e o resultado veio rápido. Foi um momento em que muitos de nós paramos pra pensar que algo que não nos era mais útil poderia ser utilizado por essas famílias e, com isso, outros foram beneficiados”, afirma.

A estudante Karolyne Gomes de Souza Castro, do 3º ano, também recebeu um aparelho de TV.


“Em casa somos em várias pessoas e os meninos são alunos da rede estadual de ensino, não tinha como assistir com uma TV só. A escola me surpreendeu e estou muito feliz”, comemora a estudante.


Bilhete no portão


A diretora Márcia Alexandra Ribeiro Quadri, da Escola Municipal Professora Nansyr Cecato Cavichiolo, no bairro Parolin, já tem o costume de visitar as comunidades regularmente, e essa boa relação com as famílias tem ajudado neste momento de isolamento gerado pela pandemia.


“Para que os kits de alimentação e as atividades complementares cheguem às mãos dos pais e das crianças, também peço ajuda para as lideranças locais, busco a rede de proteção, os Cras (Centros de Referência da Assistência Social), enfim, vale até deixar recado no portão para conseguirmos atender quem mais precisa da gente”, relata Márcia.

Videoaulas da rede


Estudantes da rede municipal de Curitiba estão assistindo às videoaulas produzidas pela equipe da Secretaria Municipal da Educação de Curitiba. A transmissão das aulas, pela TV aberta (canal 9.2 UHF da TV Paraná Turismo), é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte e a Prefeitura de Curitiba, e também contempla estudantes de outros municípios, pela Rede Massa.


São beneficiadas crianças da pré-escola, estudantes do Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos (EJA) fase I.


Para quem não possui acesso à TV, o material fica disponível no Canal TV Escola Curitiba. São 66 mil inscritos e 5,3 milhões de visualizações desde a estreia, em 13 de abril.


Para quem estuda na rede municipal de Curitiba, os professores também produzem atividades complementares, que as famílias retiram nas escolas a cada 15 dias.


Fonte: Prefeitura de Curitiba

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